Peterson Ruiz é um artista único na abordagem das artes. Suas colagens conquistam num primeiro olhar pela exatidão dos recortes, paletas contrastantes, acabamento esmerado, formas inusitadas. Diz ele: ‘O estilete é o meu pincel’.

Como Matisse, desenha com a própria cor e como Mondrian, tem na geometria o caminho para o onírico e o belo, com incisões que evocam espaços ‘esquecidos’, reminiscências das vanguardas modernistas.

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O tempo, tão caro ao cubismo, faz parte desse universo a que o artista nos transporta. Não à toa, admira o cineasta russo Tarkovski, para quem o Tempo constrói o fazer artístico e desafia o olhar para um mergulho profundo.

Peterson aponta caminhos para fora da tela, numa experiência em que a força da Geometria evoca novos mundos, em estruturas calculadas para que o olhar se deleite com os percursos propostos.

Numa primeira visão, vamos entendendo caminhos e apreciando o percurso, num ciclo virtuoso entre entender e admirar, amar e esquecer, viajar e sonhar. O resultado nos transporta para um universo reflexivo, exigindo imersão num ambiente de formas, cores e luzes. Diversas de suas obras são opostos que se atraem em faces espelhadas, como estados de espírito.